Um tour pela nova - e imperdível - Mauritshuis

12:23

Existem pontos turísticos imperdíveis no mundo. Lugares que a visita deveria ser obrigatória, até para locais.
Como eu já tinha falado por aqui, a Mauritshuis é algo assim... fascinante! No artigo anterior, conto um pouco da história do Conde Nassau e o quando, onde e porque da construção da casa que leva o seu nome e abriga uma das maiores e melhores coleções da Época de Ouro da arte holandesa.

Olha eu lá! 

Como tudo nessa vida precisa de uma boa manutenção para continuar encantando a tudo e a todos e, mais ainda, incluir todo tipo de público, em 2012 a Mauritshuis fechou suas portas para uma reforma estrutural. 
Além da instalação de elevadores, agora o museu está integrado com outro prédio através de um túnel subterrâneo. Ficou mais bonito e maior. Sorte a nossa! :)

Uma geral do museu: do lado direito é a parte nova, a biblioteca, área para exposições temporárias e um auditório.

A reinauguração do museu foi semana passada, dia 27 de junho 2014, com direito a tapete vermelho e a visita do Rei e da Rainha da Holanda. Segundo reportagens da imprensa holandesa, a família real mostrou-se muito feliz com o resultado, e afirmou que isso foi uma forma de melhorar e extender o atendimento ao público.
Uma geral do museu: a entrada e o novo elevador. - Fotos retiradas do jornal, distribuído no museu.

Dois dias depois da reinauguração, não aguentei e corri para visitar a Mauritshuis, conferir as mudanças e, lógico, rever meu quadro favorito. 
Posso falar?! Ficou linda a mistura do antigo com o moderno.

A visita ao museu é bem fácil, por ele não ser muito grande. Porém, preparei um mini guia, para facilitar o passeio e a observação dos pontos mais interessantes.

Dica boa, não só para a Mauritshuis: vários museus da Holanda estão oferecendo uma coisa bem bacana, um aplicativo que tem a mesma função que aqueles aparelhinhos que você aluga nos museus para escutar as explicações das obras. Sabem qual é?! A diferença é que o aplicativo você não paga nada para baixar. 
No caso da Mauritshuis, o nome do aplicativo é: Mauritshuis. Faça o download antes da sua visita, e não esqueça de levar seu fone de ouvido!

A carinha do aplicativo - Foto: Entretulipas
Se você não lembrou de baixar em casa, eles tem internet gratuita em todo o museu.


Voltando a visita...
A entrada, que antigamente era na lateral, agora é feita pelo portão principal da casa. Você tem a opção de descer pelo elevador redondo de vidro, ou por uma belíssima escada que, em sua lateral, faz você ter a certeza de estar indo para abaixo do nível da água. 
Ela dá acesso ao salão principal: bilheteria, guarda-volumes, banheiros e a lojinha.
Button que todos os funcionários estavam usando. Queria um também, mas não vendia na loja - Foto: Entretulipas

Ps. A lojinha foi o único ponto que me deixou decepcionada. Senti falta de alguns produtos, inclusive réplicas dos quadros. Segundo a vendedora, alguns produtos já tinham sido encomendados e em breve estariam disponíveis.



Vídeo com uma geral do salão principal. Já conhece nosso canal no youtube?

Nesse salão principal é também onde você tem acesso a coleção do museu e, por uma outra entrada, ao salão de exposições temporárias. 

A coleção do museu tem dois antares, divididos em 15 salas. O segundo andar é onde ficam as obras principais da Mauritshuis. Por isso, aconselho a começar a visita por ele. 
Veja o mapa abaixo:
Mapa distribuído na entrada do museu - Foto: Entretulipas

É no segundo andar onde você vai gastar mais tempo na visita. Além das obras mais famosas, é também onde estão alguns quadros de Frans Post, da época do Brasil holandês - adoro! No Rijksmuseum, em Amsterdam, também tem alguns deles. Para quem não sabe, Frans Post foi um dos pintores que Nassau levou ao Brasil para retratar o que eles encontraram e fizeram durante o período holandês em Pernambuco. Estudei muito sobre isso na escola e, assim como meu pai, adoro ler, ver e estudar sobre o assunto.



São várias as obras para deliciar-se, ficando até difícil escolher algumas para nomear.
Dos 3 quadros de Vermeer que o museu abriga em sua coleção, destaco dois.
O primeiro, vista de Delft, representa todo o charme da cidade. Cidade esta que, como já falei aqui no blog, parece que não mudou nada com o tempo, e o sentimento que tenho, toda vez que a visito, é que mergulho no universo do pintor. Nesta obra, observe os dois planos: o céu típico holandês, cheio de nuvens, e o segundo plano das casas, o canal, com um barcos de pesca, e as  - poucas - pessoas.


A segunda obra é o meu quadro favorito: Moça com um brinco de pérola. Muitos a nomearam de Monalisa holandesa, em referência a Monalisa de Da Vinci (em ambas as obras, uma mulher é retratada).
O que me encanta no quadro de Vermeer e que o coloca em primeiro lugar da minha lista de obras é a doçura, a leveza no olhar da moça. O brilho da pérola e feminilidade que a pérola dá a uma mulher. Amo pérolas. Além disso, contraste da escuridão e a luz que a mulher traz para a vida são instigantes. 
A obra intriga, principalmente porque ela é uma figura imaginada pelo autor, e não era real. Quantos anos será que ela tinha? Em que trabalhava? Será que tinha filhos? Apaixonada? Por que ela está vestindo uma roupa turca? Estaria feliz? Como ele imaginava o perfil dessa moça? São várias as perguntas. Belíssimo quadro!


Já em tamanho, a obra que destaco é do holandês Rembrandt, o enorme Aula de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, que impressiona pelos detalhes, expressões e iluminação do rosto das pessoas. Vale observar os olhares, os detalhes do cadáver sendo estudado, a escuridão - tão comum nas obras de Rembrandt - e a iluminação apenas nos pontos que ele quer destacar.


A coleção do primeiro andar não deixa a desejar. O destaque é para duas obras bem distintas. A primeira é representação de um momento que os holandeses aguardam o ano inteiro para que aconteça: patinar no gelo. A obra Patinação no gelo em uma vila, do holandês Avercamp, é riquíssima em detalhes. A principal característica do pintor é retratar paisagens do inverno holandês. Em seus quadros, observem a quantidade de pessoas aproveitando o inverno, os moinhos, as casas, as crianças brincando, as árvores secas e a paisagem bem cinzenta, fria, típica do inverno.


A segunda obra é Velha e um menino com velas, de Rubens. Quando observo esse quadro sinto um sentimento de esperaça no olhar da senhora e do menino, e a senhora está transmitindo essa esperança ao dividir a chama da vela com o garoto. Notem que a luz de todo o quadro vem apenas da luz da vela da senhora. Os traços da idade vistas no rosto de ambos os personagens é impressionante. 

Se você for um adorador de obras e parar para observar os detalhes dos principais quadros do museu, a visita deve durar em torno de 4 horas.
Foto: Entretulipas

No mezanino do museu há um café, com opções de bebidas quentes e frias, petiscos e sanduíches. Bateu uma fominha, dá para fazer uma boquinha lá.

Lembrando também que ao lado da Mauritshuis fica o parlamento holandês, tornando um passeio pela vizinhança bem legal.


Os ingressos custam €14, mas com desconto para alguns casos especiais (idosos, crianças, etc).
Mais detalhes sobre a Mauritshuis no site deles. 


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